Nesta matéria, uma socióloga intitula o novo retrato da fé como “autonomia religiosa”. Sustenta que “Deus é constituído de multiplicidade simbólica, é híbrido, pouco ortodoxo, redesenhado a lápis, cujos contornos podem ser apagados e refeitos de acordo com a novidade da próxima experiência”. Apagado e refeito? Que deus é este? Um deus descartado? Personalizado de acordo com as medidas e necessidades de cada um? Isto não é Deus, é ídolo. Não é o Criador, é criatura. Não é o Salvador, é amuleto. Este deus é aquele que os atenienses chamaram de “deus desconhecido” (Atos 17.23), e que Paulo tentou revelá-lo pelo Evangelho de Cristo. Este deus é aquele de quem Jesus advertiu: “Tomem cuidado para que ninguém engane vocês. Porque muitos vão aparecer fingindo ser eu e dizendo: Eu sou o Messias. E enganarão muitas pessoas” (Mateus 24.4,5). Sem dúvida, um desafio nesta sociedade globalizada por interesses individualistas, onde tudo é ajeitado com aparência do novo. E por isto, um fotoshop de Deus de um retrato velho e desgastado, configurado por mãos humanas. Mas de uma humanidade que ainda é alvo do Deus que proclamou: “Eu sou o Senhor e não mudo”.
Pastor Marcos Schmidt