terça-feira, 26 de abril de 2011

O Valor do Casamento

O casamento real do príncipe britânico com a plebéia, mais parece um conto de fadas, cercado de assombrações e de uma pressão para que seja diferente dos capítulos anteriores, que culmine num “felizes para sempre”. Para alguns os milhões que envolvem esta cerimônia, são um grande desperdício para a Inglaterra, mesmo grande parte do custo saindo da fortuna real. Mas, o país tem muito a ganhar com este casamento, primeiro porque milhões serão movimentados em função deste evento com turismo, vendas de lembranças, etc – estima-se que um terço da população mundial estará de olho na cerimônia. Também a futura sucessão do trono britânico, o sucesso ou fracasso da continuidade desta cerimônia, podem afetar positiva ou negativamente toda uma nação e economia.
Investimento em casamento continua sendo um bom negócio, não para contos de fadas, mas para a vida prática; não só para glamorosos eventos, mas para aqueles que acontecem inclusive no anonimato. É o melhor investimento porque é através dele que se forma toda uma base para realizações, plena felicidade, ética, família e estrutura para novas gerações. E como bem se sabe, é da família que provém todo o reflexo/ base na sociedade. De um investimento bem feito, todos ganham!
E se o casamento hoje é visto por muito apenas como um conto de fadas, uma estória de faz de conta, um fardo, uma cruz que se foge, é porque na prática, os bons costumes têm sido ignorados.  Os reais valores que envolvem uma relação com o próximo mais próximo, passam por um bom investimento: amor, confiança cumplicidade. Sem estes, não há relação que dure – não importa sob qual circunstância aconteça.
Infidelidade, mentira, fingimento, imaturidade, continuam sendo os fantasmas que assombram não só o casamento de Willian em Kate, mas de todas as pessoas, de cada relação de compromisso que se estabelece. Não há maior valor do que quando cônjuges aprendem a dar as mãos: reconhecendo erros, perdoando, mas especialmente unindo em oração. Segundo o Teólogo M.C. Warth, no Livro A ética de cada dia: “onde há perdão, não há motivo para adultério”
Casamento que traz lucro é aquele, que mesmo sendo humilde, longe das lentes de alta definição, tenha respeito e ambos se tratem como rei e rainha. Onde se busque fazer feliz a pessoa que ama. Um exemplo aprendido da relação divina para com todos: “Deus nos ama, não porque somos preciosos, mas somos preciosos, porque Deus nos ama” (Warth).
O valor não está no quanto gasta, mas na qualidade que qualquer investimento possa trazer, ganha um, ganha dois, ganham todos! Este sim é a base para um ‘felizes para sempre’.
Márlon Hüther Antunes
É Teólogo e Pastor da Igreja Luterana em Maceió,AL 

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Mensagem de Pascoa - IELB

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Nota de Falecimento

A Diretoria Nacional da IELB comunica o falecimento do pastor emérito Lindolfo Pieper, 65 anos, ocorrido na noite desse domingo (17), no Hospital de Base, em Porto Velho, RO. Lindolfo nasceu em 31 de outubro de 1945, na cidade de Itauêta, MG. Formou-se no Seminário Concórdia em dezembro 1976 e foi ordenado em fevereiro de 1977. De 1977 a 1980 exerceu o ministério em Teixeira de Freitas, BA. Nos anos seguintes serviu em São Gabriel da Palha (1980 a 1988), São Mateus, ES, (1988 a 1997) e Jaru, RO, (1998). Foi Conselheiro do Distrito Alto Rio Madeira (1999-2001 e 2005-2006). Era casado com Alma Pieper, matrimônio que foi abençoado com quatro filhos e uma filha, netos e uma neta (nascida hoje 18/04). O sepultamento aconteceu nessa segunda-feira 18/04/2011, na cidade de Jaru, RO. “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão e não outros.” (Jó 19.25-27) Neste período de Páscoa lembramos de uma forma toda especial o Senhor da Vida. Lembramos que o Salvador Jesus veio ao mundo e pagou a nossa dívida de pecados, fez isso sofrendo uma morte que era a nossa morte. Por isso Cristo morre por nós e nós morremos com ele. Mas Jesus não permaneceu na morte, não pode ser retido por ela. Aqueles que confiam em Cristo como seu Senhor e Salvador de fato morrem com ele para o pecado, mas também ressuscitam com ele para uma nova vida pela fé no Salvador e ressuscitam com ele para a vida eterna. Por isso a morte perdeu o seu poder de ferir. Nesta esperança e confiança buscamos o consolo e a força de Deus, de que vamos rever os que foram chamados, de que a morte não é o fim, e de que um dia nós vamos nos encontrar na Ressurreição. Que esta fé e esperança acompanhe a família enlutada, e os fortaleça neste momento de provação, porque sabemos que o nosso Redentor vive, e que veremos a Deus face a face! Diretoria Nacional da IELB.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Tempo de Quaresma - IELB

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Era apenas um rapaz tranquilo

“Ele era um rapaz tranquilo. Na dele, não tinha amigos, mas era calmo. Ia da casa para o trabalho, do trabalho para casa. Era quietão, ficava só no computador. Ele era bem fechado, é verdade, mas ninguém imaginava que pudesse fazer uma coisa dessas”, dizem os vizinhos.
Parece que a história se repete, em países e em situações diferentes. Jovens sentem-se rejeitados, ridicularizados, humilhados. Isolam-se e, cheios de rancor, seguem seu caminho, quase sem ser notados. Nos habituamos a passar por essas pessoas sem prestar atenção nelas. É aí que mora o perigo.
Em uma sociedade que supervaloriza celebridades e "sub-celebridades", pessoas comuns, longe das câmeras, não recebem sequer uma “espiadinha”, e assim podem ser tentadas a se tornar conhecidas pela prática do mal. A mágoa de não ser querido ou respeitado pode envenenar, e quem é adoecido por ela vira alvo fácil para ideologias, movimentos estranhos, até para seitas ou grupos extremistas. Daí, só um passinho a mais, e o ódio se torna ação violenta e incompreensível. A frase é forte, mas é verdade: “em um mundo cheio de desprezados e rejeitados, o diabo tem matéria prima de sobra para suas fileiras de guerra”.
Hoje, um tipo de mal que parecia só acontecer em lugares longínquos dá as caras em nosso país. Por isso precisamos pensar em como impedir que novos envenenados surjam por aqui. E não adianta se esconder, reforçar a segurança, aumentar o tamanho das grades que já temos.
Sabe-se que o melhor remédio contra o ódio é o amor. A melhor saída contra o desprezo que envenena é o cuidado e atenção para com aquele colega, na escola ou no trabalho, que parece isolado, que aparentemente não tem amigos, que clama silenciosamente ou que dá sinais de que precisa de ajuda.
Os conselhos bíblicos em Romanos 12 são muitos (vale a pena ler o capítulo inteiro), mas lembro aqui alguns trechos: “Amem uns aos outros com o amor de irmãos em Cristo, e se esforcem para tratar uns aos outros com respeito (...) Alegrem-se com os que se alegram e chorem com os que choram. Tenham por todos o mesmo cuidado (...) Não deixem que o mal vença vocês, mas vençam o mal com o bem”.
Hoje, conversando com alunos sobre a tragédia na escola em Realengo, uma professora colocou bem a situação: “Alguém me disse estar feliz porque mataram o assassino. A gente na verdade deveria ficar triste porque ninguém lhe deu a mão ou o salvou a tempo, quando ele ainda estava na sala de aula como vocês estão hoje”.
No meio da consternação e luto, lembremos de dar atenção, carinho e direção agora, para que não precisemos chorar depois pelas vidas tiradas por alguém vencido pelo mal. Deus nos abençoe com seu amor, que é abundante o suficiente para todos, e que aumenta em nós à medida em que o repartimos.

Pastor Herivelton Regiani
Capelão do Colégio ULBRA Cristo Redentor, Canoas – RS

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Tragédia no Realengo

O que dizer deste trágico e lamentável acontecimento? Muitas coisas podem ser ditas, inclusive sobre o que leva alguém a fazer o que este alucinado atirador fez. Difícil é definir o que convém ser dito. Porém, há algo que pode ser dito na certeza de ser verdade.
Nosso Senhor Jesus disse que chegará o dia em que voltará para Juízo. Acontecerá então o grande e glorioso dia da ressurreição, no qual os que aceitaram a sua Palavra ou a salvação que vem de Cristo serão recebidos no céu e, infelizmente, condenados os que recusaram aquilo que veio fazer e oferecer a humanidade. Então, Jesus descreveu que se dariam acontecimentos servindo de sinais de alerta para os cristãos, indicando que o dia estaria próximo e que de fato advirá; e seriam sinais de testemunho para todo o mundo de que sua Palavra é verdadeira e que se cumpre uma a uma. Por isso todos devem ouvi-la e nela crer.
Em Mateus 24.10, por exemplo, diz que “muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros”. Muita coisa pode ser pensada aqui, ligando ao acontecimento do Realengo. E muito mais pode ser pensado se considerarmos Mateus 24.12: “por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos”. (O que leva alguém a fazer o que fez? E o que uma vítima é levada a fazer?)
Realmente, não é uma boa questionar a Deus (talvez até culpando-o) pela tragédia. É preciso questionar os homens!
2 Timóteo 3.1-4:  “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus…”
Claro que não podemos ousar afirmar que esta tragédia está cumprindo exatamente esta ou aquela palavra ou profecia. Seria muita petulância de nossa parte. Mas, no mínimo precisamos pensar e considerar os fatos, dando o devido crédito à Palavra de Deus. É importante percebermos que a obras dos homens estão gerando morte e caos, e não as obras de Deus. Para nos dar a oportunidade de um futuro diferente deste, Deus (Cristo) sacrificou-se na cruz, carregando lá os nossos pecados, a fim de, um dia, podermos ser ressuscitados sem os mesmos e termos uma nova vida. É isto que Jesus quer que tenhamos.
E enquanto aqui no mundo temos o gostinho da nova vida quando agimos com sobriedade e amor em relação aos que sofrem tragédias. O amor de Cristo é para todos, especialmente àqueles “cansados e sobrecarregados”, a quem ele quer aliviar. Acolhendo com amor e integrando a Cristo pela fé, assim ajudamos. Assim somos instrumentos úteis para Deus e para a sociedade.

Rev. Cézar C. Kaiser
Erechim, abril de 2011.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Diretoria Nacional IELB visita Governador do RS

 Compartilho neste blog a visita que a Diretoria Nacional da IELB fez ao Governador do Estado do Rio Grande do Sul - Tarso Genro, na última terça-feira 05 de abril de 2011. A diretoria foi recebida da sede do Palácio Piratini. Leia a matéria completa em: http://www.ielb.org.br/site/

terça-feira, 5 de abril de 2011

Corragem Para Morrer

“Eu não tenho medo da morte, tenho medo da desonra”, disse José Alencar. A morte desse homem mexeu com muita gente que não tem honra para viver e nem coragem para morrer. Ele sabia viver e por isso, soube morrer. E fez o Brasil todo praticar as palavras bíblicas: “É melhor ir a uma casa onde há luto do que ir a uma casa onde há festa, pois onde há luto lembramos que um dia também vamos morrer” (Eclesiastes 7. 2). No dia do falecimento de Alencar, fui ao velório de um homem jovem, com uma história muito parecida na doença. Martim Heimann, diretor de um colégio em São Leopoldo, deixou esposa, três filhos, e uma marca – também não tinha medo da implacável inimiga. Nas difíceis palavras de despedida, o pai dele, professor de teologia, disse algo que é tudo o que uma pessoa precisa fazer depois da morte: “Tenho certeza que a primeira pessoa que o meu filho abraçou no céu foi o Senhor Jesus”. Sem dúvida, quem não pode abraçar Jesus, tem pavor da morte.

Li que a investigação dos destroços do Airbus localizados no fundo do mar poderá desvendar as causas do acidente em 2009 e ajudar na segurança do transporte aéreo. É preciso resgatar os restos do avião, a fim de que a morte das 228 pessoas não seja em vão. Na história da humanidade, acontece algo parecido. É necessário que se mergulhe até o fundo do poço, se localize os pedaços da pior tragédia, e numa investigação pessoal, se descubra os motivos deste primeiro acidente, a fim de que haja plena tranquilidade na viagem para o céu. Sem esta descoberta, o ser humano vive e morre inseguro. 
Felizmente isto foi elucidado e está nas páginas da Bíblia. “O que dá à morte poder de ferir é o pecado”, conclui, mas Deus “nos dá a vitória por meio do nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Coríntios 15.56,57). Através das páginas deste livro, o Alencar e o Martim amaram a Sabedoria, e ela os abraçou e os tornou importantes e honrados  (Provérbios 4.8). A Sabedoria é aquele que disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim nunca morrerá” (João 11.25).
Marcos Schmidt
pastor luterano   
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS
7 de abril de 2011