O perigo não está na parte que enxergamos, mas naquela que não vemos. Os 90 por cento da corrupção são um perigo constante para quem navega ou anda em busca do progresso da forma honesta e digna.
Por que há tanta corrupção? Porque existe uma coisa chamada impunidade. Nada ou muito pouco acontece com quem é surpreendido em flagrante ou em comprovado delito. As pessoas que roubam não têm medo da punição. Se ela acontecer é por pouco tempo. Diante desta realidade, na visão dos fraudadores, roubar é um grande negócio.
O que os corruptos esquecem é da justiça divina. Não uma justiça temporária, como a vida neste mundo. Existem muitas pessoas que até desfrutam daquilo que roubam e vivem como reis. A justiça divina diz respeito à eternidade. E ela se aplica a todos os seres humanos: ricos ou pobres; ladrões ou vítimas.
Outra vez, por presumirem que a justiça divina é ficção, há aqueles que acreditam na impunidade. “Deus não irá punir. Deus é amor!”. É assim que muitas pessoas pensam sobre a ação de Deus diante do pecado. No Antigo Testamento, no livro de Isaías, encontramos estas palavras de Deus dirigidas ao seu povo: “(Jerusalém) As suas autoridades são pessoas revoltadas e têm amizade com ladrões. Estão sempre aceitando dinheiro e presentes para torcer a justiça. Não defendem os direitos dos órfãos e não se preocupam com as causas das viúvas.” (Isaías 1.23). Deus conclui dizendo: ”Vou acertar as contas com vocês” (Isaías 1.24).
O afastamento de Deus e da Sua vontade é o caminho que leva tanto à corrupção quanto à impunidade. A função da Igreja no mundo é chamar a atenção e trazer as pessoas de volta ao Criador. Em Jesus está o perdão e a capacidade para mudar de vida. Quem ama a Deus e ao seu próximo torna o mundo melhor. Se não podemos mudar as leis ou fazer com que elas sejam cumpridas, podemos ser diferentes – não corrompendo nem sendo corrompidos.
Pastor Fernando E. Graffunder
Três Vendas – Pelotas, RS.